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  • Writer's pictureNuno Moreira da Cruz

o caminho para a SUSTENTABILIDADE

Futuro das PME: consciência ambiental, social e lideranças com propósito



Lisboa, 19 Maio, 2022

No decorrer da ESG Week 2022 em Lisboa, Nuno Moreira da Cruz, CEO do Center for Responsible Business & Leadership da Católica-Lisbon, é muito claro na sua visão: “o mundo está a arder por questões ambientais e sociais”. E deixa um alerta para os CEOs e líderes das empresas: se sem sustentabilidade económica as empresas deixam para segundo plano as preocupações ambientais e sociais, o mesmo acontece ao contrário; sem as preocupações ambientais e sociais não haverá lucro e competitividade. A sessão “O Caminho para a Sustentabilidade e Transparência nas PME” marcou a urgência dos temas da sustentabilidade e das pessoas, dentro e fora das organizações, cujo futuro depende de lideranças com “valores, visão, propósito, confiança e coração”. Nas suas palavras, “Não tenho qualquer dúvida que este é o tipo de liderança que vamos precisar no futuro, de pôr o ser humano no centro da ação”.

Quando em 2018 Larry Fink escreveu a inédita carta aos CEOs, “A sense of purpose”, veio mostrar como a consciência e o propósito das organizações tem de mudar. O propósito deve estar na base das empresas e sobretudo das lideranças. O propósito é a razão de existir, é a ajuda na tomada de decisão e o fator de união à volta dos stakeholders. A existência de propósito cria automaticamente uma vantagem competitiva – cada líder que fala de propósito, os “stock prices” e os volumes aumentam.

Até há pouco tempo o tema da crise climática era deixado para segundo plano, em parte graças ao Prémio Nobel da Economia de 1976 (Milton Friedman), que afirmava que o único propósito das empresas era fazer lucro. As anteriores gerações de líderes consideravam que este era um problema para as gerações futuras. Mas não. Este problema irá afetar os jovens, líderes do futuro, que serão mais conscientes e agirão em conformidade.

Ignorar hoje estes fatores, é um atentado a essas gerações: “há muita inconsciência no mundo sobre este problema”, afirma o professor. O relatório IPCC sobre as alterações climáticas não deixa dúvidas: a janela de ação está quase a fechar-se, tem de se agir agora. A situação está cada vez pior, e pior do que se pensava. “A tecnologia não vai salvar nada, as cidades são a esperança” declara, “Amesterdão pode ser um bom exemplo. Mas pôr a cidade inteira a usar carros elétricos, com uma eletricidade que é produzida algures com carvão, é estar a despoluir uma cidade para poluir outro sítio”, avisa.

No que toca às questões sociais, a sua posição é assertiva, “as desigualdades são tão graves a nível global, regional, nacional e ao nível das cidades que é uma inconsciência não ver essa realidade”. Por Denise Calado Líder Magazine


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